vídeos
Suas performances em fotografias e vídeos são registros para sincronizar e scanear o tempo presente.
“Em memória dos que [me] partiram” | 2017
Vídeo, 59”
Tiragem: 1/8 + 2 P.A.
“CAPS LOCK” - A mãe natureza e a filha da internet | 2016
Vídeo, 45”
Tiragem: 1/8 + 2 P.A.
A Performance “Em memória dos que (me) partiram" é um trabalho sobre luto e melancolia. Um ritual de pintura com cabelo e tranças com nanquim, feito em homenagem à morte do artista, mestre e amigo Tunga. A poesia foi criada por Talitha.
você vermelho imã
do corpo e ser corpo
do mesmo e outro
eu
vênus de trança
Na era do messianismo digital em que vivemos, uma nova linguagem escrita por símbolos e cancelamentos, o convívio corporal tomou lugar para o convívio por telas. A filha da internet, foi registrada durante uma performance da artista em Berlin em 2016. Quatro anos se passaram, a atrofia digital continua no enxame das vaidades e delírios virtuais. Só que desta vez, nossos corpos e nossos aparatos digitais estão quarentenados. Confinados. Fugindo de micro vírus para tentarmos não morrer. Mas o que seria um ser vivo neste tempo de mortos-vivos? Quem está vivo? O ser humano? A mãe natureza? Ou a internet?
“Altar” | 2020
Vídeo, 4m21”
Tiragem: 1/8 + 2 P.A.
Performance "Altar" é um trabalho que questiona o habitar, a casa das coisas e os valores do tempo relacionados aos pensamentos Heideggerianos em costura com a filosofia de Gaston Bachelard. A poesia Altar foi escrita por Talitha.
"parei no mundo
que eu criei
a casa das coisas
virou porão da concha
o céu costurou na areia
ninhos? Só penas soltas...
armário sem chave...
e o vento não pousa mais em mim
a tristeza sem cheiro doce
não traduz o chão
mofou o futuro
antes de mim; era floresta
agora; só imagem de livro
já não escuto a flor
perdemos o teto do céu
enquanto borboletas berravam
escrever com pérolas
palavras ao mar
nosso mundo nos falta
um sopro
sem ar"